Dando
uma olhada no meu acervo de gibis do Chico Bento, eu reli uma história que
gostei muito e achei engraçada demais. Publicada em Chico Bento 205, editora
Globo, novembro/1994. Trata-se de A
trágica morte de Aristides Bereba, que é a primeira HQ de seis, contando a
tirinha final.
Capa de Chico Bento 205, ed. Globo - nov/94
Tudo começa quando o Chico encontra Zé Lelé que está aos prantos. Ele diz que está chorando porque Aristides Bereba, “o consertador di roda di carroça” morreu. Caiu no precipício do Corvo Manco e não sobrou nada! Ao mesmo tempo em que tá chorando, lembra que devia dinheiro a ele e como não será mais cobrado, isso o serve de conforto, parando de chorar, pois diz que tudo na vida tem um “lado bom”.
Chico
o repreende por ser tão egoísta, e em seguida vão para o enterro se despedir
apenas do sapato do morto, pois foi a única coisa que escapou. Quando o padre
termina de falar e despede as pessoas, Chico percebe que Zé Lelé tá dormindo em
pé e diz a ele que é falta de respeito e por isso o morto pode vir puxar seu pé de
noite.
Mais
tarde, quando Zé Lelé reza e se deita pra dormir, ele escuta a voz de Aristides
chamando por ele e quando olha pra janela vê o morto todo branco, o que faz Zé
Lelé entrar em pânico dizendo “sai Satanais! sai! sai!”. O morto Aristides vai
embora e Zé Lelé se lembra do que Chico falou. Na mesma hora ele vai à casa de
Chico e conta tudo o que aconteceu.
Ele
então diz que o morto é pão duro e que voltou só pra cobrar um real, aí chama
Chico pra ir ao cemitério com ele pra pagar o dinheiro que deve, pra assim o
morto deixar ele em paz. Suplica até Chico aceitar. Chegando lá, ficam com
dificuldade de encontrar o túmulo, até que Chico percebe que Zé Lelé tá em
cima, pisando no túmulo.
Ele
grita de medo e pula em cima de Chico. Aí percebe que perdeu a moeda do
pagamento e decidem procurar pelo cemitério. Eles se separam pra encontrar mais
rápido quando Zé Lelé escuta um barulho no túmulo e corre pensando que é Chico
que encontrou a moeda e voltou. Quando chega têm uma grande surpresa. É
Aristides cavando no seu próprio túmulo, e acaba fazendo Zé Lelé correr pedindo
socorro. Esbarra em Chico e diz que viu o morto, que o mostra a Chico que vê e desmaia
na hora, enquanto Zé Lelé foge.
Quando
Chico acorda com Aristides chamando seu nome, ele tem um grande susto, mas
Aristides o acalma explicando que não morreu e que escapou da queda do
precipício e está todo branco porque caiu num caminhão de cal. Ele explica que
não se limpou ainda, porque queria logo dizer para as pessoas e recuperar logo
seu sapato, pois era o melhor que tinha, por isso estava cavando no túmulo pra
desenterrá-lo.
Zé
Lelé volta pra salvar Chico do morto e bate com uma pá na cabeça de Aristides.
Chico diz pra Zé Lelé que Aristides está vivo que com raiva sai correndo atrás
dele pra se vingar da “pazada” que levou, enquanto Chico fica torcendo pra não
acontecer mais uma “tragédia”.
Essa
HQ têm 13 páginas e foi republicada no Almanaque do Chico Bento 08 da editora
Panini, em abril de 2008, sendo a de abertura. Ela tem elementos de filmes de terror e suspense o
que me agrada bastante, pois gosto desse estilo seja em quadrinhos, cinema ou
literatura. Sem contar que eu gosto muito do personagem Zé Lelé, muito
engraçado.
Capa do Almanaque do Chico Bento, ed. Panini - Abr/2008
Na
postagem, as imagens não formam a HQ completa.
Eu tenho esse gibi... hq muito legal, a cara do Zé Lelé quando vê o "defunto" é hilária kkkk
ResponderExcluirBons tempos da MSP...
Boa sorte no blog novo... abraços
Ah, nem sabia q ela tinha sido republicada, legal saber.
ExcluirAh, nem sabia q ela tinha sido republicada, legal saber.
ExcluirA primeira vez que li essa HQ eu ri demais e o ambiente em que acontece a história é interessante. Ir ao cemitério à noite, parece aqueles contos de assombração que os adultos contam. Com relação a republicação, essa informação eu peguei no site Guia dos Quadrinhos, mas não tenho a edição não. Realmente, atualmente não estão fazendo mais HQs como essa na MSP. Um abraço!
ExcluirEu li essa historinha quando criança e me marcou tanto que esse nome nunca mais saiu da minha cabeça. Vire e mexe me vem na memoria "Aristides Bereba" Que loucura
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